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Seção II da CNT discute assuntos estratégicos para o futuro do Transporte Rodoviário de Cargas

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Lideranças se reuniram em Brasília para debater questões que impactam diretamente a atividade do setor

A terceira reunião ordinária de 2025 da Seção II – do Transporte Rodoviário de Cargas, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foi realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília. O encontro contou com a presença de representantes das entidades que compõem a Seção – 13 Federações, cinco Associações e um Sindicato Nacional –, além de lideranças e especialistas do setor. A reunião foi conduzida pelo presidente da Seção II, Eduardo Rebuzzi, que também preside a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).

A ordem do dia teve início com a aprovação da ata da reunião anterior, permitindo a continuidade dos trabalhos. Na sequência, foram apresentados os posicionamentos do Sistema Transporte sobre o fim da obrigatoriedade das autoescolas, tema relatado pela Dra. Nicole Goulart, diretora-executiva do SEST SENAT, que abordou os potenciais impactos da medida para o setor e para a formação de condutores no país.

Outro ponto relevante foi a apresentação da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, relatada pelo DIEX, que trouxe uma análise sobre os impactos dos investimentos em rodovias no PIB do transporte. O estudo demonstrou como a aplicação de recursos em infraestrutura viária se reflete diretamente na produtividade e no desenvolvimento econômico.

Na pauta ambiental, destacou-se o debate sobre a qualidade do biodiesel e o percentual de adição ao diesel comercializado. Os membros da Seção avaliaram questões técnicas e econômicas relacionadas ao combustível, discutindo a necessidade de equilíbrio entre sustentabilidade e viabilidade operacional.

Também foi discutido o tema das multas e regulamentações da ANTT, incluindo processos de recadastramento e a normatização da responsabilidade pelo não pagamento do vale-pedágio. O assunto gerou atenção por sua relevância na rotina das transportadoras e segurança jurídica das operações.

Outro ponto abordado foi a implementação e divulgação de reajustes de fretes com envolvimento do embarcador, reforçando a importância da transparência e da corresponsabilidade na formação dos preços do transporte.

A reunião também trouxe à tona a discussão sobre o realinhamento do crédito outorgado do ICMS com o governo de São Paulo, válido até o final de 2025, com destaque para seus efeitos sobre a competitividade das empresas de transporte. O assunto foi relatado pela Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP).

Na sequência, deu-se o relato sobre o 1º Encontro Nacional do TRC, que será promovido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 2 de outubro. O evento foi destacado como um espaço importante para o fortalecimento do diálogo entre o governo e o setor privado, contribuindo para o avanço de políticas públicas voltadas ao Transporte Rodoviário de Cargas. A apresentação foi feita pela GEX/DIRI/CNT.

O cronotacógrafo foi outra questão também relatada pela GEX/DIRI/CNT, ocasião em que foram discutidas regulamentações, prazos e possíveis ajustes necessários para garantir maior segurança e conformidade nas operações de transporte.

As lideranças do TRC também manifestaram preocupação no tocante à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322 e às próximas medidas a serem tratadas em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT). O posicionamento reforçou a necessidade de se buscar segurança jurídica nas relações de trabalho e a viabilidade operacional das empresas, pontos considerados fundamentais para a estabilidade e sustentabilidade do Transporte Rodoviário de Cargas.

O encontro foi encerrado com o item “Outros assuntos” e a manifestação das entidades e lideranças presentes sobre pontos adicionais de interesse do setor.

Ao final da reunião, o presidente Eduardo Rebuzzi, ressaltou a relevância dos temas debatidos. “A Seção II da CNT é um espaço fundamental para que possamos debater os grandes temas que impactam o Transporte Rodoviário de Cargas. Nesta reunião, conseguimos avançar em discussões importantes como a questão do biodiesel, a infraestrutura, as regulamentações da ANTT, o crédito de ICMS, o cronotacógrafo, as preocupações com a ADI 5322, além de outros assuntos que fazem parte do nosso dia a dia. É por meio desse diálogo franco e técnico que conseguimos alinhar estratégias e fortalecer a representação do setor, garantindo voz ativa nas decisões que afetam diretamente as empresas e a economia do país”, afirmou.

Fonte: NTC&Logística / Foto: Divulgação