Produção de caminhões recua 2,6% nos oito meses de 2022

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Sem feriado e sem paralisação de fábricas por causa da falta de componentes, as montadoras de caminhões conseguiram produzir em agosto 17.223 veículos em agosto, 35,4% a mais que em julho deste ano, quando foram fabricados 12.724 veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Mas no acumulado de janeiro a agosto, a produção de caminhões apresentou um pequeno recuo de 2,6% com 101.719 veículos, ante os 104.486 veículos fabricados nos oito meses de 2021. “Não é um resultado que preocupa porque o começo do ano foi muito ruim para o setor, por causa da falta de componentes”, disse Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea.

Do total de caminhões produzidos até agosto, somente os semipesados tiveram aumento de produção, de 8,7%, com 32.390 veículos. Os modelos pesados apresentaram queda de 4,3%, com 49.189 caminhões; os leves de 16,5% com, 14.183 unidades; os médios de 2,2%, com 4.930 veículos; e os semileves de 18,8%, com 1.027 caminhões.

Vendas–

As vendas de caminhões atingiram 12.501 veículos em agosto, aumento de 8,2% sobre julho deste ano, quando foram comercializados 11.554 veículos no país. “O mês de agosto mostra o que vem acontecendo nos últimos anos, com 51% de participação dos modelos pesados nos emplacamentos e de 27% dos semipesados. Com exceção dos médios, todos os segmentos tiveram aumento de vendas em agosto”, destacou Saltini.

No acumulado de janeiro a agosto, as vendas tiveram redução de 2,4%, com 81.660 caminhões, ante os 83.649 veículos comercializados no mesmo período de 2021. “É um resultado menor do que em 2021, mas significativamente maior que em 2019, quando o setor voltava ao crescimento depois de um período de crise econômica que derrubou as vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro”, lembrou Saltini.

Do total de caminhões vendidos até agosto, 40.559 são modelos pesados, 21.940 semipesados, 7.471 leves, 7.219 médios e 4.471 semileves.

Exportações–

As montadoras fecharam agosto com 2.335 caminhões vendidos no exterior, 15,8% a mais que julho deste ano, quando foram comercializados 2.017 veículos no mercado internacional.

No acumulado de janeiro a agosto, o crescimento foi de 5,5%, com 15.490 caminhões exportados – 8.577 modelos pesados, 3.667 semipesados, 2.027 leves, 686 semileves e 533 médios. No mesmo período de 2021, as montadoras exportaram 14.683 veículos.

Em CKC (veículos desmontados) foram vendidos no exterior até agosto 3.899 caminhões, volume 15,94% superior aos 3.363 veículos exportados nos oito meses de 2021.

Segundo Saltini, a capacidade instalada da indústria de caminhões gira em torno de 400 mil unidades, mas o setor utiliza hoje de 60% a 65% dessa capacidade. “Em 2011, quando o setor atingiu o maior volume do mercado as fábricas trabalharam próximo da capacidade máxima, em três turnos”, lembrou o vice-presidente da Anfavea.

Saltini comentou que a oferta de componentes ainda não foi normalizada. “Há uma pequena normalidade, mas ainda requer muita atenção.”

Ranking–

No ranking do setor, a Volkswagen Caminhões e Ônibus manteve a liderança, com 23.619 caminhões vendidos de janeiro a agosto, 1,1% abaixo do mesmo período do ano passado, 23.891 modelos vendidos. O segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 19.558 veículos comercializados no país, 11,5% acima dos oito meses de 2021 (22.096 unidades).

A Volvo ficou em terceiro lugar com 15.786 veículos vendidos até agosto, 15,9% acima do mesmo período de 2021 (13.626 unidades), e a Iveco em quarto com 7.267 veículos, 40,3% a mais que em janeiro e agosto de 2021 (5.178 caminhões).

A Scania, quinta colocada, vendeu 7.164 veículos, 31,1% abaixo dos oito meses de 2021 (10.397 unidades), e a DAF, que está em sexto lugar, comercializou 4.310 caminhões, 20% acima do que vendeu no mesmo período do ano passado (3.592 veículos).

Fonte: Transporte Moderno – https://transportemodernoonline.com.br/2022/09/09/producao-de-caminhoes-recua-26-nos-oito-meses-de-2022/