Danos provocados por chuva em rodovias mineiras dobram custo de empresas de transporte de cargas

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Dnit iniciou construção de desvio emergencial na BR-381, em Nova Era. Equipes concentram esforços na obra para restabelecer o tráfego, comprometido após deslocamentos de terra.

Os diversos desvios nas rodovias federais e estaduais em Minas, por conta de danos provocados pelas chuvas, têm feito o custo das empresas de transporte de cargas praticamente dobrar. A avaliação é da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado (Fetcemg).

Segundo a entidade, os desvios nas rotas têm causado o aumento de gastos com combustível e manutenção, além de atrasos nas entregas. A federação, porém, ainda não tem um balanço de prejuízos gerados por conta dos trechos interditados.

Mesmo com duas semanas de estiagem, Minas mantém cerca de 100 pontos de interdições – entre eles, duas rodovias federais totalmente fechadas, segundo o Comando de Policiamento Rodoviário.

O diretor da Fetcemg, Antônio Luis da Silva, diz que a situação da BR-381, em Nova Era, é a de maior preocupação, já que essa rota é importante para o acesso ao interior de Minas e ao Espírito Santo, além de ser muito usada pelas empresas que vêm do Sul em direção ao Nordeste. Segundo ele, essa interdição total tem gerado uma série de prejuízos.

“Em Nova Era teve um bloqueio que parece que vai demorar. O desvio é quase do tamanho da mesma quilometragem que era antes. Por exemplo: você vai pra Ipatinga, tem aproximadamente 250 km, o desvio que eu tenho que fazer entrando por João Monlevade, saindo por Realeza e entrando por Caratinga, dá quase 250 quilômetros, e é uma estrada que não estava preparada para esse volume de caminhões. Então, nesse caso, os custos quase dobram. Mais combustível, mais manutenção, porque a estrada está péssima, e principalmente tempo, a produtividade cai muito”.

No caso da BR-381, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), iniciou a construção de um desvio emergencial em Nova Era. As equipes concentram os esforços na obra para restabelecer o tráfego nesse trecho, que foi muito comprometido após deslocamentos de terra.

O local já está interditado desde 14 de janeiro. Nesse período, o Dnit monitorou a região e realizou os estudos necessários para a solução do problema.

O diretor-geral do departamento, general Antônio Santos Filho, afirmou que agora já não há mais risco de desmoronamentos na região e, com isso, o trecho está seguro para que os trabalhos emergenciais sejam iniciados.

“Teremos agora, finalmente, com a paralisação da movimentação do material, condições seguras de iniciar o desvio. Depois, daremos prosseguimento, para recuperação final da rodovia. Esse trabalho do desvio terá uma duração aproximada de 15 dias, mas estaremos trabalhando de uma forma muito forte para terminarmos o quanto antes”.

Um balanço divulgado pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) apontou o registro de, ao menos, 704 ocorrências de danos nas rodovias estaduais devido às chuvas, como quedas de barreiras; além de erosões de pistas, aterros e taludes e, ainda, danos em pontes e nos pavimentos de trechos asfaltados e de terra. Dessas, cerca de 300 ocorrências ainda não foram solucionadas.

FONTE: G1 – https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/01/30/danos-provocados-por-chuva-em-rodovias-mineiras-dobram-custo-de-empresas-de-transporte-de-cargas.ghtml