Produção da Petrobras cai 5% no segundo trimestre

A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras no Brasil ficou em 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no segundo trimestre do ano, uma queda de 5% em relação a igual período no ano passado. Os dados constam do relatório de produção e vendas da companhia, divulgado ontem.

Segundo a estatal petrolífera, um dos motivos para a redução da produção foram as paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal no período.

Além disso, também houve uma redução no volume de produção que cabe à Petrobras nos campos de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos, depois do início da vigência do contrato de partilha de produção dos volumes da cessão onerosa nessas áreas, em maio.

A produção do pré-sal representou 73,2% do total no trimestre. Já a produção total operada pela companhia registrou queda de 1,2% na comparação anual, alcançando 3,55 milhões de boe/dia. A produção total operada considera os volumes dentro de fora do Brasil, além dos volumes de parceiros. A queda na produção estava prevista e não vai impactar a meta anual de produção para 2022, que é de 2,6 milhões de boe/dia, com possibilidade de variar 4% para cima ou para baixo, segundo a empresa.

No refino, o fator de utilização das refinarias da Petrobras chegou a 97% ao fim de junho. Em média, o fator de utilização do segundo trimestre ficou em 89%, acima dos 87% registrados nos três primeiros meses do ano. Apesar do aumento na utilização das refinarias na primeira metade do ano, para o segundo semestre a companhia prevê paradas programadas de manutenção nas refinarias Gabriel Passos (Regap), Paulínia (Replan) e Presidente Getúlio Vargas (Repar).

Ao todo, as vendas de derivados da Petrobras no mercado nacional ficaram em 1,7 milhão de barris ao dia no segundo trimestre, redução de 2,4%. As vendas de gasolina no mercado interno tiveram recuo de 2,8% em relação ao segundo trimestre de 2021, enquanto a comercialização de diesel registrou queda de 8% na comparação anual.

De acordo com a companhia, no caso do diesel, a redução reflete a venda da Refinaria Landulpho Alves (atual Refinaria de Mataripe), assumida pela Acelen em dezembro. A menor venda de diesel também é um impacto do aumento das entregas por importadores e outros produtores nacionais, assim como do menor consumo para geração termelétrica.

Na comparação o trimestre imediatamente anterior, entretanto, ocorreu um aumento de 1% nas vendas de derivados. De acordo com a companhia, houve um aumento sazonal das vendas de diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, parcialmente compensado pelas menores vendas de gasolina e de óleo combustível.

No caso do gás natural, as vendas somaram 56 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) entre abril e junho deste ano, redução de 31,7% em relação a iguais meses em 2021. Segundo a estatal, as entregas de gás também refletem as paradas em plataformas de produção.

Já as exportações de petróleo da estatal apresentaram queda de 28,5% no segundo trimestre do ano e ficaram em 531 mil barris ao dia. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a queda na exportação foi de 2,2%.

No todo, no primeiro semestre do ano, as exportações de petróleo da companhia tiveram recuo de 28,5% em relação a igual período no ano passado. De acordo com a empresa, a redução nas vendas para o exterior se deu em função da menor produção de petróleo e da maior carga nas refinarias nacionais, além do aumento das vendas de óleo no mercado interno.

Fonte: Valor – https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/07/22/producao-da-petrobras-cai-5-no-segundo-trimestre.ghtml