O free flow, sistema de cobrança automática de pedágio rodoviário em que a passagem dos veículos é captada eletronicamente por pórticos, sem a necessidade de praças de pedágio, alcançou um novo estágio. A concessionária CCR Rio-SP está investindo R$ 1,4 bilhão na implantação do free flow da Via Dutra, no segmento inserido na Região Metropolitana de São Paulo, entre a capital paulista e o município de Arujá, que deverá estar operacional em julho próximo.
“Este novo free flow é uma previsão contratual, diferentemente do que implantamos na Rio-Santos, onde isso não estava previsto”, disse a presidente da concessionária, Carla Fornasaro, ao participar do seminário Free Flow – A nova modalidade de pedágio eletrônico, organizado em 20 de fevereiro, em São Paulo, pela Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP).
Ela lembrou que o free flow da Rio-Santos foi implantado de forma quase emergencial, depois que pesadas chuvas ocorridas em abril de 2022 – apenas um mês após o início da concessão – praticamente inviabilizaram a implantação das praças de pedágio previstas para os municípios fluminenses de Paraty, Mangaratiba e Itaguaí.
Entre março de 2023 e janeiro de 2025, os pórticos do free flow da Rio-Santos registraram a passagem de 25.185.197 veículos, efetivando transações que alcançaram 92,2% de adimplência, sendo que 63% dos pagamentos foram feitos automaticamente por meio de tags.
A experiência na Rio-Santos também está ajudando o processo de regulamentação federal do sistema free flow, trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e que deverá estar concluído ainda neste primeiro semestre, segundo informou no seminário Fernando Bardelli Feitosa, gerente de Regulamentação Rodoviária dessa agência.
Via expressa com pedágio
“O free flow na Via Dutra nasceu com o objetivo de gerenciar o tráfego da Região Metropolitana de São Paulo. Há um desequilíbrio de utilização entre faixa expressa e via marginal. Então, haverá cobrança para quem utilizar a via expressa. As vias marginais continuam sem pedágio”, explicou a presidente da CCR Rio-SP.
Para efeito da cobrança, as categorias de veículos foram agrupadas. Os valores ainda não foram definidos, mas a cobrança seguirá a seguinte proporcionalidade: motos (0,5 tarifa), veículos de passeio (1 tarifa), veículos comerciais de 2 e 3 eixos (2 tarifas), e veículos comerciais com 4 eixos ou mais (4 tarifas). Também foi informado que será utilizado o sistema de tarifa dinâmica, com preços mais elevados quando a via expressa estiver congestionada, visando desestimular os motoristas a acessá-la.
Fonte: Transporte Moderno – https://transportemoderno.com.br/2025/02/24/ccr-rio-sp-investe-r-14-bilhao-em-free-flow-da-via-dutra/?utm_medium=site&utm_source=slider_destaque