Enquanto 60% das mulheres entrevistadas se sentem inseguras na profissão, os motoristas homens divergem, tendo apenas 18% deles concordado que as condições de trabalho delas não são seguras.
O levantamento foi feito com o intuito de registrar as perspectivas sobre segurança e assédio no setor de transporte rodoviário da América do Norte: 20% das motoristas alegam já terem sofrido algum tipo de ameaça e 4% relatam terem sido estupradas.
O que é assédio?
Há dois tipos, o sexual e o moral. O primeiro, como o nome já caracteriza, está nos limites do profissionalismo. Todas as abordagens que causarem desconforto, sejam elas toques, assobios, piadas obscenas e estupro; se encaixam nesta categoria.
O assédio moral, por sua vez, pode acontecer de forma isolada ou juntamente ao assédio sexual. Suas características englobam o constrangimento, a humilhação pública e situações desconfortáveis geradas por terceiros. Em uma profissão majoritariamente masculina, o assédio moral acaba ganhando mais espaço.
Na América do Norte, as caminhoneiras e as aspirantes relataram à pesquisa o receio de dividir a cabine do veículo com alguém do sexo oposto, especialmente pelas viagens terem longas horas de duração. Na maioria das vezes, é inevitável dormir em outro lugar que não seja o veículo. Nesse sentido, 42% dos motoristas disseram estar cientes de que caminhoneiras aprendizes sofreram assédio ou agressão por compartilharem a cabine com um treinador. Para além deste número, 46% delas relatam o avanço físico indesejado por parte de algum instrutor, ao menos uma vez.
A pesquisa entrevistou caminhoneiros e caminhoneiras, e chegou à conclusão de que não há treinamento adequado nas empresas. 65,2% dos respondentes concordam com a implementação de programas que incentivem as mulheres a seguirem carreira no ramo do transporte.
FONTE: Carga Pesada – https://cargapesada.com.br/2022/02/09/caminhoneiras-norte-americanas-se-sentem-inseguras-na-profissao/