Subsecretário Cloves Benevides destaca uso de inteligência artificial e drones para monitorar e proteger rodovias e ferrovias federais
O Ministério dos Transportes esteve presente em Nice, França, durante a edição de 2025 da Conferência Internacional sobre Infraestrutura Resiliente a Desastres (ICDRI, na sigla em inglês), realizada entre os dias 6 e 7 de junho. O fórum reuniu autoridades e especialistas de diversos países para debater estratégias do setor diante dos impactos das mudanças climáticas no contexto do desenvolvimento econômico.
O subsecretário de Sustentabilidade, Cloves Benevides, apresentou as iniciativas do ministério que contribuem para as propostas voltadas à formulação de políticas globais. Entre os temas abordados, estiveram o fortalecimento das capacidades locais, o uso de tecnologias emergentes na prevenção de riscos e o financiamento de soluções sustentáveis.
Benevides destacou a iniciativa AdaptaVias, que realiza o mapeamento das vulnerabilidades climáticas em cerca de 100 mil quilômetros de rodovias e ferrovias federais. Segundo ele, os dados coletados orientam decisões para obras de adaptação e integram a estruturação do órgão no âmbito do Plano Clima. Entre as inovações previstas para a nova fase do PRO-AdaptaVias está o uso de tecnologias avançadas, como inteligência artificial e drones, para o monitoramento e a resposta a desastres.
“Projetos como o AdaptaVias e a destinação de recursos específicos para obras de resiliência demonstram nosso compromisso em promover soluções inovadoras, inclusivas e sustentáveis”, afirmou.
Infraestrutura sustentável
Outra medida ressaltada foi a aplicação de 1% da receita bruta de concessões viárias em ações voltadas à resiliência climática. Benevides explicou que o Governo Federal busca assegurar investimentos contínuos nas intervenções de reforço estrutural nas estradas do país.
“É fundamental garantir uma infraestrutura de transportes preparada para os desafios das mudanças climáticas”, disse.
O subsecretário pontuou, ainda, a participação ativa na elaboração da Taxonomia Sustentável Brasileira, uma ferramenta que orientará investimentos em projetos ambientalmente sustentáveis e que está em consonância com a agenda da instituição global. A ideia é diminuir os entraves financeiros enfrentados por Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) para ampliar o acesso a linhas de crédito e fomentar soluções baseadas em boas práticas.
“A participação ativa no Comitê de Governança da CDRI fortalece nossa capacidade de influenciar e alinhar investimentos à agenda global, consolidando o protagonismo brasileiro na construção de um futuro mais seguro e resiliente”, finalizou.
Fonte: Ministério dos Transportes / Foto: Arquivo/MT