O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a nota da Fitch Ratings publicada nesta quinta-feira (26) com fortes críticas à política fiscal brasileira.
A agência de rating classificou o cenário fiscal como fraco e uma vulnerabilidade do país com perspectivas incertas que podem afetar a nota de risco da instituição.
À CNN, Haddad disse que a nota da Fitch “não considera dois elementos fundamentais: a reoneração gradual da folha com as compensações exigidas pelo STF e o fim do Perse em 2025”, declarou.
A Fazenda estima que o impacto da desoneração nas contas públicas passa de R$ 26 bilhões de reais, que serão compensados depois do acordo feito com Congresso Nacional que encontrou fontes de arrecadação para cobrir os custo.
A publicação da agência acontece dois dias depois da reunião que Haddad e o presidente Lula tiveram com executivos da Fitch em Nova York. O ministro saiu de lá otimista com uma melhora na classificação de risco brasileira que está a dois níveis do grau de investimento, considerado selo de bom pagador.
Pela análise divulgada pela nota desta sexta-feira (26), a Fitch parece bem longe de fazer uma revisão positiva da classificação brasileira.
Segundo a instituição, as tentativas da área econômica de impulsionar receitas, com destaque para o uso de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de dinheiro esquecido em bancos, têm se mostrado instáveis, pois se apoiam em fontes extraordinárias ou medidas com impactos limitados no tempo.