Entenda o pedágio eletrônico sem paradas (Free Flow), onde já está ativo, prazos para pagamento, valores e impactos para quem roda nas vias
O chamado Free Flow já está em vigor no Brasil e é um modelo de pedágio que dispensa as cabines tradicionais. No lugar das cancelas, pórticos eletrônicos identificam automaticamente o veículo por meio de uma tag de pagamento ou pela leitura da placa. Assim, o motorista pode seguir viagem sem precisar reduzir a velocidade ou enfrentar filas.
Onde já funciona o Free Flow
O sistema já foi implantado em trechos da Rio–Santos (BR-101), especialmente entre Itaguaí, Mangaratiba e Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. Também há operação parcial na BR-116, em trechos concedidos próximos à Região Metropolitana de São Paulo. A expectativa é que o modelo seja gradualmente expandido para outras rodovias federais concedidas.
Como pagar o Free Flow
Com tag eletrônica: o valor é debitado automaticamente, com direito a desconto em relação à tarifa cheia.
Sem tag: a placa do veículo é registrada e o motorista tem até 30 dias para quitar o pedágio. O pagamento pode ser feito por aplicativo da concessionária, site oficial ou em pontos credenciados nas cidades próximas.
Atraso: quem não quitar no prazo pode ser multado, além de receber pontos na CNH por evasão de pedágio.
Free Flow é mais caro no fim de semana?
Sim, desde o início de setembro, os preços do Free Flow variam conforme o dia da semana:
- R$ 4,80 em dias úteis;
- R$ 7,90 em fins de semana e feriados.
Para usuários frequentes, a concessionária oferece descontos progressivos, que podem reduzir significativamente o valor final para quem passa várias vezes pelo mesmo trecho no mês.
Vantagens para os motoristas
- Mais fluidez no tráfego: elimina filas e paradas em praças de pedágio.
- Segurança: reduz riscos de colisões em áreas de cobrança.
- Cobrança proporcional: a tarifa considera o trecho efetivamente percorrido, trazendo mais justiça ao sistema.
Desafios na adaptação do Free Flow
Embora o sistema Free Flow seja visto como avanço, ainda existem desafios. Parte dos motoristas desconhece a forma de pagamento ou confunde os pórticos com radares. Em algumas rodovias, concessionárias relatam índices relevantes de inadimplência, o que pressiona para melhorias na comunicação e sinalização.
O Free Flow deve se tornar mais comum nos próximos anos, acompanhando a tendência internacional de modernização das rodovias. Para quem trafega pela Rio–Santos ou pela BR-116, a recomendação é simples: verificar se já possui tag ativa ou acompanhar os canais oficiais das concessionárias para evitar surpresas e multas.
Fonte: Terra – Mobilidade / Foto: CCR Rio-SP