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Concessão de rodovias: Teremos pelo menos mais 10 leilões em 2026, diz o diretor-geral da ANTT

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O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Sampaio, avalia de forma positiva o calendário de concessões realizados pela agência neste ano. Ao citar que serão leiloados em outubro os lotes 4 (no dia 23) e 5 (no dia 30) de concessão das rodovias do Paraná, prometeu, pelo menos, mais 10 leilões de concessões de rodovias em 2026.

“Nos 14 leilões já realizados, nós tivemos 10 players novos entrando, sejam novos operadores nacionais, seja a participação dos fundos financeiros e a retomada do investidor estrangeiro”, citou. “Para esses novos leilões, esperamos novos entrantes internacionais e nacionais, e que os atuais operadores que não têm participado de leilões participem após a otimização dos contratos que estamos fazendo”, assegurou.

Sampaio falou com jornalistas na passagem pelo evento Regulation Week FGV, realizado na zona sul do Rio de Janeiro.

Ao detalhar os planos, definiu a concessão da BR-116/324/BA (Rota 2 de julho) como um dos projetos âncora. Também disse que em 2026 haverá concessões no sul do país, além da conclusão das otimizações de contratos nos Estados do Paraná e de Minas Gerais.

Sampaio, que ocupava o comando interino da ANTT desde fevereiro, teve seu nome aprovado pelo Senado para o cargo de diretor-geral em agosto.

Em defesa de autonomia do Orçamento

Sampaio disse, também, que é preciso avançar na discussão sobre a independência do Orçamento dos reguladores. O objetivo é reduzir os impactos dos contingenciamentos adotados pela União.

“Vejo espaço para a discussão, sobretudo, com o olhar do Congresso Nacional, do Tribunal de Contas da União (TCU) e do próprio Executivo. A agência contribui para o êxodo dos projetos de infraestrutura. Só em leilões exitosos são quase R$ 150 bilhões de valores contratados para execução nos próximos 10 anos. Somos superavitários”, afirmou.

“A independência que queremos é financeira. A autonomia administrativa e decisória já existe. Isso é muito bem alinhado e arregimentado”, disse.

Para Sampaio, o Brasil vive um “alinhamento de astros” que incentiva as concessões. “Há uma maturidade institucional de todos os órgãos do ecossistema. Temos mecanismos regulatórios que não deixam o contrato desequilibrado a curto, médio e longo prazo e taxas internas de retorno compatíveis com o risco do projeto”, afirmou.

Concessão da ferrovia que liga os portos de Vitória e Açu

Sampaio reiterou que a concessão de ferrovia EF-118, que liga o Porto de Vitória, no Espírito Santo, ao Porto do Açu, no Rio de Janeiro, deve se dar no primeiro trimestre de 2026. Antes disso, no entanto, deve ocorrer o início das operações da Ferrovia Transnordestina.

“Neste mês de outubro, estamos com a perspectiva de iniciar as operações da Ferrovia Transnordestina, entre Piauí e o Ceará. Essa é uma ferrovia que tem como maior controlador a CSN e é um corredor estratégico de cargas do Nordeste”, disse.

Segundo ele, em relação a EF-118, o modelo vai priorizar o concessionário que demandar o menor aporte governamental para executar o projeto, que é em torno de R$ 15 bilhões em investimentos.

Ele acrescentou que em 2026 deve ocorrer a concessão da Ferrogrão – EF-170, entre os municípios de Sinop/MT e Miritituba, distrito do município de Itaituba/PA, que prevê investimentos de pouco mais de R$ 20 bilhões; e o Corredor Leste-Oeste (FICO-FIOL).

O processo de relicitação da Malha Oeste também está avançando, mesmo em meio à defasagem do quadro funcional da agência.

“A lei de origem da agência previa 1,8 mil trabalhadores. Hoje, nossa força de trabalho está em torno de 1,6 mil colaboradores, entre servidores e terceirizados. (…) Com os outros leilões que nós estamos realizando e solucionando outros contratos, vai ter esse aumento da matriz de transporte ferroviário”, afirmou.

Fonte: MSN / Foto: ANTT/Divulgação