A CNT (Confederação Nacional do Transporte) reforçou, nessa quarta-feira (27), a necessidade de alinhamento entre os instrumentos de incentivo para viabilizar o uso de tecnologias limpas no setor de transporte e as leis que regram a descarbonização. A defesa foi feita pela gerente executiva Ambiental da entidade, Érica Marcos, durante a Mesa Setorial de Transportes do evento Energy Day: Caminhos setoriais para uma transição energética justa.).
O encontro reuniu autoridades e especialistas para discutir os caminhos da descarbonização da economia em diferentes setores produtivos no Brasil. No painel dedicado ao transporte, moderado por Guilherme Dantas, pesquisador sênior no Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), participaram também o embaixador Michel Arslanian Neto, representante do Brasil no Conselho da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional), e Tiago Ferreira, chefe de Logística e Transporte no BNDES.
Representando a CNT, Érica Marcos destacou que as fontes energéticas alternativas – como biocombustíveis de nova geração e eletrificação veicular – levam à segurança energética e ao potencial de redução da dependência de fontes fósseis. No entanto, ressaltou que a adoção em larga dessas tecnologias só será possível se houver investimentos em infraestrutura, segurança regulatória e, sobretudo incentivos para acessibilidade econômica.
“As alternativas energéticas são promissoras e têm o potencial de inovar o parque tecnológico do setor transportador. Mas, para se tornarem realidade no Brasil, é fundamental que a regulação caminhe junto às políticas de incentivo”, afirmou.
Além do transporte, o Energy Day contou com debates sobre a transição justa e a pobreza energética na América Latina. O evento foi promovido pelo Cebri e integra o PTE (Programa de Transição Energética), que reúne instituições como BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em busca de soluções para acelerar a transição energética no continente.
Fonte: CNT