A produção de caminhões no Brasil sofre uma queda significativa em agosto, acompanhando as vendas, que também estão caindo ao longo dos últimos meses.
Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entre todos os segmentos de veículos, o que mais sofre os efeitos dos juros elevados, da alta inadimplência e da desaceleração da atividade econômica é o de caminhões.
Em agosto, pela primeira vez houve queda na produção acumulada em relação a 2024. O recuo é de apenas 1%, mas indica uma inversão da curva de crescimento que se mantinha ao longo dos primeiros sete meses do ano. O mercado interno de caminhões já vinha em retração desde abril.
“No caso dos caminhões, nem a alta das exportações está sendo suficiente para sustentar os níveis de produção, o que já começa a se refletir em perdas de postos de trabalho nas fábricas de pesados”, concluiu Igor Calvet, presidente da Anfavea.
Apesar de a queda no acumulado do ano ser de apenas 1%, os números mensais ficam bem abaixo disso.
Em agosto, foram produzidos no Brasil 10.096 caminhões, ante 12.058 de julho, uma queda de 16,3%. Na comparação com agosto de 2024, quando haviam sido fabricados 13.101 caminhões, a queda foi ainda maior, de 22,9%.
No acumulado do ano, quando se soma o total de caminhões produzidos entre janeiro e agosto, saíram das linhas de montagem 88.525 caminhões novos, ante 89.401 do mesmo período de 2024, uma queda de 1%.
Fonte: Blog do Caminhoneiro
