A elevada inadimplência nas passagens pelo “free flow” (pedágios sem cancela em rodovias) e o baixo entendimento por parte do consumidor sobre o modelo têm movimentado empresas de tags (os adesivos colados nos vidros dos carros) e concessionárias de rodovias no Brasil.
Entre as estratégias, as empresas de tags passaram a oferecer serviço livre de mensalidade no principal mecanismo de passagem hoje nas rodovias. Já a Sem Parar vai lançar em breve uma funcionalidade para agrupar os pagamentos dos pedágios na sua plataforma dos usuários também sem o adesivo – hoje, eles precisam entrar no site das concessionárias para fazer os pagamentos, burocracia que colaboraria com a inadimplência.
Na CCR RioSP, primeira rodovia a testar o modelo no país, a inadimplência tem apresentado queda e fechou março em 8,8%. Quase 10 pontos percentuais a menos na comparação com 18% em abril de 2023. Mesmo assim, o número é muito maior do que o patamar abaixo de 1% de inadimplência no modelo tradicional de pedágio com cancela.
Carlos Gazaffi, CEO da Sem Parar, maior operadora de tags do país, faz um balanço de que o início do modelo de passagem é positivo. “O Chile tem inadimplência entre 4% e 5%, mas o ‘free flow’ existe lá há 10 anos”, disse. “Na concessionária Caminhos da Serra Gaúcha essa inadimplência chega a ser de 6%”, afirmou.
Gazaffi destacou que a etapa de implementação é fundamental. “Não existem apenas casos de sucesso no ‘free flow’ no mundo. A África do Sul é exemplo de insucesso [por lá o sistema era chamado de e-toll], teve depredação de pórticos e as concessionárias não resistiram”, disse. O governo e o setor privado chegaram a um acordo por lá para retirar o sistema em abril de 2024.
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Fonte: Valor Econômico – https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/06/24/concessionarias-e-empresas-de-tags-criam-estrategias-para-viabilizar-free-flow-no-pais.ghtml